Eu me chamo Natália e fiquei muito feliz quando recebi a notícia que ria viajar para Minas Gerais em família. Fiquei ansiosa nos dias que se antecederam e no dia, depois de cinco horas no carro. Finalmente chegamos na casa da minha vó que mora num local bem no interior.
Quando começamos a tirar as malas do carro, eu fui andar pelos gramados do lado da casa da vovó, onde também tem uma pequena floresta próxima. NO meio dela entre as árvores também tem o que sobrou da casa da Bisa. A curiosidade era grande, ainda mais depois de tanto tempo no carro e fui até o meio da floresta. Onde avistei uma coisa da cor vermelha, bem ao lado das paredes velhas da casa.
Fiquei curiosa, mas não achei nada demais, voltei para casa e fui jantar com o resto da família. Depois de muita conversa tomei banho e fui me deitar. Não me lembro se já estava dormindo quando ouvi uma voz angelical de criança, mas lembro que me arrepiou das costas ao pescoço.
De manhã quando acordei, ouvi barulhos de sirene. Minha mãe me contou que teve um acidente na avenida a noite. Não dei muita atenção e fui do lado de fora, jogar bola com as minhas primas. Acontece que uma das pequenas bateu muito forte na bola, ela foi muito alto e acabou caindo na floresta ao lado da casa. Como eu era mais velha, tive que ir lá buscar.
Estava difícil de encontrar a bola e eu fui entrando cada vez mais na mata. Até que cheguei num lugar, e adivinha? Era perto da casa da árvore e por sorte achei a bola ao meu lado, mas sai correndo morrendo de medo. Brincamos com outras coisas naquele dia. No fim da tarde eu estava admirando o pôr do sol, sentei e quando estava distraída, ouvi novamente a mesma voz da noite anterior, sem ter ninguém em volta…
A noite foi tranquila, mas quando acordei não havia ninguém em casa, desci para a cozinha e achei um bilhete escrito por minha mãe em cima da mesa e nele dizia: “Natália, fomos no mercado e voltamos daqui uma hora”. O café estava na mesa, mas não comi, decidi ir até a casa na árvore, pois algo me dizia que eu precisava ir até lá.
Quando cheguei, tinha um clima pesado e tenso, parecia que existia algo ruim lá, achei manchas de sangue pelas paredes e… um laço vermelho. Acho que foi o negócio vermelho que vi no dia que chegamos.
Cada vez que chegava mais perto, mais o clima ficava ruim, quando entrei na casa, avistei pela janela uma menina com cabelos loiros e compridos, o rosto branco, e toda suja de barro, porém, ela também tinha um laço vermelho e num minuto ela sumiu.
Fiquei com medo, mas ela chegou e parou em minha frente, ela começou a dizer coisas estranhas e bizarras para mim. Comecei a correr com desespero, fui empurrada e cai pra dentro da casa. Tentei empurrar, mas ela foi mais forte e me trancou e até hoje estou aqui presa e me sentindo observada.
As vezes eu consigo olhar pelos vidros sujos da janela e vejo a menina loira brincando do lado de fora. Também vejo o reflexo do laço vermelho na minha cabeça.
Texto criado pela minha filha em agosto de 25.













